Mapping and analyzing resistance to the application of the Maria da Penha Law

hermeneutic criticism of illegitimate interpretations by institutional actors

Authors

  • Ariane Patrícia Gonçalves Universidade Federal de Goiás
  • Saulo de Oliveira Pinto Coelho Universidade federal de goiás

DOI:

https://doi.org/10.59901/2318-373X/v22n3a2

Keywords:

Public Policy, Maria da Penha LAw. , Hermeneutics

Abstract

This article presents part of the results obtained in research carried out regarding a diagnosis indicative of decision-making failures in the public policy cycle relating to the Maria da Penha Law, within the scope of the State of Goiás. This is empirical, qualitative, exploratory and descriptive research, which has as its source the analysis of legal processes that are being processed in judicial bodies of the State of Goiás. The time limit is the entry into force of the Maria da Penha Law, on August 7th. 2006. Data collection took place directly through the PROJUDI system (TJGO) and the Atena system (MPGO), with only primary sources being manipulated by the researcher. Considering that 100% of judicial and extrajudicial processes (MPGO) are digitalized, direct and unmediated access was possible, using the access password of a member of the Public Ministry. Initially, court decisions were identified that restricted the scope of application of the Maria da Penha Law. In a subsequent phase, the selected decisions underwent analysis of argumentative strategies, under the theoretical matrix of the Hermeneutic Criticism of Law. As a methodological strategy, a multiple case study of decisions made by the Judiciary that mitigated or emptied the scope of the prevention and repression instruments of the policy inaugurated by the Maria da Penha Law will be used.

Author Biography

  • Saulo de Oliveira Pinto Coelho, Universidade federal de goiás

    Possui doutorado, mestrado e graduação em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Realizou Pós-Doutorado como bolsista CAPES, na área de Teoria do Direito, junto à Universitat de Barcelona - Espanha. É professor efetivo da Universidade Federal de Goiás (UFG), onde atualmente é Vice-Diretor da Faculdade de Direito (FD-UFG), bem como Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito e Políticas Públicas (PPGDP-UFG). Foi Chefe do Departamento de Formação Jurídica Básica e Complementar da FD-UFG, bem como Coordenador de Pesquisa da FD-UFG. Também é professor do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da UFG e professor do Programa de Pós-Graduação Profissional em Direito e Desenvolvimento da UFPA. Atua como pesquisador e professor visitante da Unversitat de Barcelona.Tem experiência nas áreas de Teoria do Direito e de Direito Público, com ênfase em Hermenêutica Jurídica; Teoria dos Direitos Humanos e Fundamentais; Teoria do Direito Público; e Regulação e Controle de Políticas Públicas; Regulação do Desenvolvimento. É autor de diversos artigos, livros e capítulos de livros.

References

ARRETCHE, Marta Tereza da Silva. Uma contribuição para fazermos avaliações menos ingênuas. In: BARREIRA, M.C.R.N; CARVALHO, M.C.B (Org.). Tendências e perspectivas na avaliação de políticas e programas sociais. São Paulo: IEE/PUC -SP; Cenpec, 2001. p.43-56.

BIROLI, Flávia. Gênero e Desigualdades: limites da democracia no Brasil. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2018.

BUCCI, Maria Paula Dallari. In: BUCCI, M.P.D. (org.). Políticas públicas: reflexões sobre o conceito jurídico. 1. ed. v. 1 São Paulo: Saraiva, 2006.

CAMPOS, Carmen Hein de. Juizados Especiais Criminais e seu déficit teórico. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, v. 11, n.. 1 (jan/jun - 2003), pp. 155-170.

CAMPOS, Carmen Hein de; CARVALHO, Salo de. Violência doméstica e Juizados Especiais Criminais: análise a partir do feminismo e do garantismo. Revista Estudos Feministas, v. 14, p. 409-422, 2006.

CAMPOS, Carmen Hein de. 10 anos de Lei Maria da Penha: e agora, Maria, para onde vamos? Revista dos Tribunais | vol. 974/2016 | p. 155 - 170 | Dez / 2016.

______, Lei Maria da Penha: necessidade de um novo giro paradigmático, REVISTA BRASILEIRA DE SEGURANÇA PÚBLICA, São Paulo v. 11, n. 1, 10-22, Fev/Mar 2017.

DE ÁVILA, Thiago André Pierobom. Violência contra a mulher: consequências da perspectiva de gênero para as políticas de segurança pública. Revista da Faculdade de Direito UFPR, v. 62, n. 3, p. 103-132, 2017

DE ÁVILA, THIAGO PIEROBOM. Medidas protetivas da Lei Maria da Penha: natureza jurídica e parâmetros decisórios. Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 2019, p. 07-17.

DE ÁVILA, Thiago Pierobom; GARCIA, Mariana Badawi. Análise dos diferentes padrões decisórios de medidas protetivas de urgência nos Juizados de Violência Doméstica do Distrito Federal. Revista do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Brasília, n. 12, p. 85-134, 2022.

DE ÁVILA, Thiago Pierobom; DE PAULA MESQUITA, Cristhiane Raisse. O conceito jurídico de “violência baseada no gênero”: um estudo da aplicabilidade da Lei Maria da Penha à violência fraterna. Revista Quaestio Iuris, v. 13, n. 01, p. 174-208, 2020.

DE OLIVEIRA SCIAMMARELLA, Ana Paula; FRAGALE FILHO, Roberto. (Des) constituindo gênero no poder judiciário. Ex aequo, n. 31, p. 45-60, 2015.

DINIZ, Debora; GUMIERI, Sinara. Implementação de medidas protetivas da Lei Maria da Penha no Distrito Federal entre 2006 e 2012. Direitos humanos, grupos vulneráveis e segurança pública / organização : Ana Carolina Cambreses Pareschi, Cíntia Liara Engel, Gustavo Camilo Baptista. – Brasília : Ministério da Justiça e Cidadania, Secretaria Nacional de Segurança Pública 2016.

DRAIBE, Sônia Miriam. Avaliação de implementação: esboço de uma metodologia de trabalho em políticas públicas. In: BARREIRA, M.C.R.N; CARVALHO, M.C.B (Org.). Tendências e perspectivas na avaliação de políticas e programas sociais. São Paulo: IEE/PUC -SP; Cenpec, 2001. p.13-42

FLYVBJERG, Bent. Cinco equívocos sobre la investigación basada em estudios de caso. Estudios Sociológicos, Vol. XXIII, Núm.2, mayo-agosto, 2005, pp. 561-590, El Colegio de México.

GUSTIN, Miracy Barbosa de Sousa. (Re)pensando a pesquisa jurídica: teoria e prática. 5. Ed. Ver., ampl. e atual. – São Paulo: Almedina, 2020.

MACHADO, Maíra Rocha (Org.). O estudo de caso na pesquisa em direito, in Pesquisar empiricamente o direito. São Paulo: Rede de Estudos Empíricos em Direito, 2017.

MIGUEL, Luís Felipe. BIROLI, Flávia. Feminismo e Política. 1. Ed. – São Paulo: Boitempo, 2014.

MONTENEGRO, Marília. Uma análise crítica da ocorrência de prisões preventivas na Lei Maria da Penha, REVISTA DE CRIMINOLOGIAS E POLÍTICAS CRIMINAIS, Minas Gerais, v. 1 n. 2 p. 181 - 196 Jul/Dez. 2015.

______, Lei Maria da Penha: uma análise criminológico crítica. 1. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2015.

PASINATO, Wânia et al. Medidas Protetivas para as mulheres em situação de violência. Coleção Pensando a Segurança Pública. V.6.

______, Wania Izumino. Delegacias de Defesa da Mulher e Juizados Especiais Criminais: mulheres, violência e acesso à justiça, p. 79-104. Disponível em: ˂http://www.revistas.usp.br/plural/article/view/75673˃. Acesso em 20 nov. 2017.

______, Justiça para todos: os Juizados Especiais Criminais e a violência de gênero. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Sociologia. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Disponível em: ˂ http://nevusp.org/wp-content/uploads/2014/08/down086.pdf˃. Acesso em 20 nov. 2017.

______, Wania Izumino. Acesso à justiça e violência doméstica e familiar contra as mulheres: as percepções dos operadores jurídicos e os limites para a aplicação da Lei Maria da Penha. Revista Direito GV, v. 11, p. 407-428, 2015.

SEVERI, Fabiana Cristina. Lei Maria da Penha e o projeto jurídico feminista brasileiro. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2018.

SMANIO, Gian Paollo. Legitimidade Jurídica das Políticas Públicas. In: Gian Paolo Smanio e Patrícia Tuma Martins Bertolin (Org.). O Direito e as Políticas Públicas no Brasil. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2013.

STRECK, Lenio Luiz. Verdade e consenso: constituição, hermenêutica e teorias discursivas. 4. ed., São Paulo: Saraiva, 2011, p. 47.

_________, Compreender direito – hermenêutica. 1ª ed., São Paulo: Tirant lo Blanch, 2019.

Published

2024-04-24