Giro, alienación y las brechas para una nueva gramática del espacio urbano

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.59901/2358-6516/v26n1a4

Palabras clave:

Periferia, democracia, cambio, alienación, espacio urbano, revolución

Resumen

Este artículo propone una lectura crítica de las transformaciones de la democracia contemporánea, basada en la centralidad de las periferias urbanas como territorios de invención y conflicto. Dada la crisis actual del capitalismo contemporáneo, las reflexiones sobre los temas de alienación, financiarización y desdemocratización, basadas en el concepto de punto de inflexión (como práctica de supervivencia y resistencia en contextos de abandono estructural), constituyen los ejes explorados. Las contribuciones de las tesis de Henri Lefebvre (2001; 2019), Karl Polanyi (2000), Paulo Freire (2023) y Rodrigo Nunes (2023) sirvieron como guía para el marco metodológico. Este marco sirvió de base para el argumento hipotético de que el espacio urbano de las periferias, históricamente marcado por las desigualdades y la mercantilización, constituye un terreno fértil para el surgimiento de nuevas formas de organización política. Por eso, en la intersección entre la praxis educativa y la praxis espacial —como potencial a explorar en la configuración/organización de las ciudades— indicamos caminos hacia una nueva gramática urbana de lo común, forjada en las brechas del neoliberalismo.

Biografía del autor/a

  • Elisa Nacur, UFRJ

    Máster en Derecho por la Universidad Estatal de Río de Janeiro (Uerj), candidato a doctorado en Planificación Urbana y Regional por la Universidad Federal de Río de Janeiro (UFRJ).

  • Edson Agostinho Maciel, UFRJ

    Candidato a maestría y doctorado en Planificación Urbana y Regional en la Universidad Federal de Río de Janeiro (UFRJ)

Referencias

ABÍLIO, Ludmila. (2021). Relatório de pesquisa: informalidade e periferia no Brasil contemporâneo. In: MARQUES, L. (org.). Trajetórias da informalidade no Brasil contemporâneo. São Paulo: Editora Perseu Abramo.

CANETTIERI, Thiago. ( 2020). A condição periférica. Rio de Janeiro, RJ: Consequência.

CANETTIERI, Thiago. (2024). Periferias, reprodução social crítica e urbanização sem salário. 1. ed. Belo Horizonte: Cosmópolis.

CANGIANI, Michele. (2011). A teoria institucional de Karl Polanyi: a sociedade de Mercado e sua economia “desenraizada”. In: POLANYI, Karl A. subsistência do homem e ensaios co rrelatos: nossa obsoleta mentalidade de mercado. Rio de Janeiro: Contraponto.

CHAUÍ, Marilena. (1980). O que é ideologia. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense.

DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. (2016). A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo.

FELTRAN, Gabriel de Santis. (2011). Fronteiras de tensão: política e violência nas periferias de São Paulo. São Paulo: Editora Unesp.

FISHER, Mark. (2020). Realismo capitalista: é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo? Tradução de Rodrigo Gonsalves, Jorge Adeodato e Maikel da Silveira. 1. ed. São Paulo: Autonomia Literária.

FREIRE, Paulo. (2023). Pedagogia do Oprimido. 67. ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra.

HARVEY, David. (2018). A loucura da razão econômica: Marx e o capital no século XXI. São Paulo: Boitempo.

HARVEY, David. (2015). Espaços de esperança. 7.ed. São Paulo: Edições Loyola.

HARVEY, David. (2009). The new Imperialism: accumulation by dispossession. Socialist Register, V40.

LEFEBVRE, Henri. (2001). O direito à cidade. São Paulo: Centauro.

LEFEBVRE, Henri. (2019). A revolução urbana. Belo Horizonte: Editora UFMG.

MARX, Karl. (2017). O Capital: crítica da economia política. 2. ed. São Paulo: Boitempo.

MÉSZÁROS, István. (2021). Para além do Leviatã: crítica do Estado. 1. ed. São Paulo: Boitempo.

NUNES, Rodrigo. (2023). Nem vertical, nem horizontal: uma teoria da organização política. São Paulo: Ubu Editora.

OXFAM. (2023). O 1% mais rico emite tanta poluição que aquece o planeta quanto dois terços da humanidade. Oxfam International, 20 nov. 2023. Disponível em: https://www.oxfam.org/en/press-releases/richest-1-emit-much-planet-heating-pollution-two-thirds-humanity?utm. Acesso em: 28 ago. 2025.

POLANYI, Karl. (2000). A grande transformação. As origens da nossa época. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Campus Ltda.

ROLNIK, Suely. (2006). Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. 3. ed. São Paulo: Editora Vozes.

SAFATLE, Vladimir. (2021). O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. 2. ed. rev. 7. reimp. Belo Horizonte: Autêntica.

SANTOS, Milton. (2020). A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.

SANTOS, Milton. (2000). Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record.

STABILE, Arthur. (2023). Censo 2022: imóveis desocupados representam 12 vezes a população de rua da cidade de São Paulo. G1 (São Paulo), 1 jul. 2023. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/07/01/censo-2022-imoveis-desocupados-representam-12-vezes-a-populacao-de-rua-da-cidade-de-sp.ghtml. Acesso em: 20 de julho de 2025.

SWYNGEDOUW, Erik. (2018). Globalização ou glocalização? Redes, territórios e reescalonamento. Escalas Espaciais, reescalonamentos e estatalidades. Lições e desafios para a América Latina. Organização Carlos Antônio Brandão, Victor Ramiro Fernández, Luiz Cesar Queiroz Ribeiro. 1ª ed.

Publicado

2025-09-30