Tejiendo corporeidades y destejiendo cartesianismo
sobre el conocimiento, la política y el cuerpo en la Universidad
DOI:
https://doi.org/10.59901/cwj5z150Palabras clave:
Acciones afirmativas, Corporeidad, Pensamiento corporalResumen
En este artículo abordo el tema de la reactivación del cuerpo como espacio de política y conocimiento. Al poner énfasis en el pensamiento corporal podemos deshacer el hechizo cartesiano que creó el cuerpo-máquina y lo aisló de la dimensión estético-política para que pudiera funcionar como una pieza de producción. Este enfoque es necesario hoy, cuando, a través de políticas de acción afirmativa, indígenas, quilombolas, negros y pueblos periféricos ingresan a las universidades, trayendo consigo sus “cuerpos pensantes”. Su llegada es una gran oportunidad para que se abra a epistemologías y ontologías distintas al cartesianismo que aún impera. La directriz epistemológica del conocimiento académico sigue siendo la eurocéntrica que proviene de las transformaciones ocurridas en la base de la sociedad moderna, la cual fue sistematizada por la filosofía de Descartes. Su eje principal es vaciar el cuerpo de su poder a través de una verdadera guerra contra el conocimiento corporal, la existencia basada en la mente, aislando la corporalidad como conocimiento y como fuerza política. Abordaré el tema a través de conceptos como “pensamiento practicado”, “entrecorporalidad” y “lógica de lo sensible”, y también a través del abordaje de experiencias artísticas contemporáneas que ponen en interacción estética, conocimiento y política, experimentando el cuerpo como un lugar de asentamiento del pensamiento y de la creación.
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