O caminho biopsicossocial da (in)fertilidade

Português

Autores/as

  • Rita Morais
  • Catarina Delaunay

Palabras clave:

Infertilidade, Fatores biopsicossociais, Procriação medicamente assistida.

Resumen

Neste artigo, pretende-se explorar e compreender o caminho biopsicossocial da (infertilidade) em beneficiárias(os) de Procriação Medicamente Assistida (PMA). Questões como a idade cronológica das(os) beneficiárias(os), a necessidade de apoio psicológico e o apoio psicológico oferecido, o “sentido da vida” na parentalidade, a religião e a fé, as atitudes face à ciência e tecnologia e a dignidade da criança no processo de fertilização in vitro (FIV) foram exploradas. A análise baseou-se nos dados de um questionário online realizado a 85 beneficiárias(os). Os resultados mostraram que a idade está relacionada com a infertilidade, nomeadamente com a quantidade de ciclos de FIV iniciados e concluídos. A necessidade de apoio psicológico é superior em quem se arrepende de ter tentado FIV quando esta não resultou em gravidez, bem como é superior depois da FIV juntamente com o apoio oferecido para as(os) beneficiárias(os) que representam o embrião enquanto início de vida. Quem considera que ser pai ou ser mãe dá “sentido à vida” representa mais o embrião enquanto início de vida, um ser humano, uma pessoa em potencial e quase um verdadeiro bebê e menos enquanto apenas uma parte do processo de PMA. Ainda, quem mais considera que o “sentido da vida” reside na parentalidade, que ser pai ou mãe é uma obrigação moral/religiosa e que professa alguma religião, esse considera igualmente que estamos demasiado dependentes da tecnologia e pouco dependentes da fé. Por fim, quem tem atitudes mais favoráveis face à ciência e tecnologia considera também que a dignidade e o respeito pela criança durante o processo de FIV são consideradas. Considerações teóricas e metodológicas são retiradas dos resultados. 

Publicado

2021-12-31