Estabilidade ou desnacionalização dos sistemas partidários?
Uma análise comparada de Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai (1982-2019)
Palabras clave:
Partidos políticos, América Latina, Análise comparativaResumen
Este artigo analisa e compara a nacionalização eleitoral dos sistemas partidários de quatro países latino-americanos (Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) no período entre 1982 e 2019. Para a realização deste trabalho, utilizei dados referentes as eleições estaduais (provinciais) para deputados federais (nacionais) e o índice Party System Nacionalization Score weight (PSNSw) que mede a homogeneidade do apoio eleitoral dos partidos ao longo dos territórios nacionais. O estudo da nacionalização é antigo e, por muito tempo, ocupou um espaço secundário nos estudos partidários, porém, nas últimas décadas, tem ganhado cada vez mais espaço, principalmente em estudos comparativos. A nacionalização pode envolver dois processos distintos. O primeiro trata-se da construção dos partidos e dos sistemas partidários nacionais em substituição aos partidos e sistemas regionais. O segundo argumenta que a nacionalização se refere à uniformidade do apoio eleitoral dos partidos nos distritos. Neste trabalho, trabalho apenas com a segunda vertente. Como resultados, o artigo demonstra que os sistemas partidários estudados estão atravessando por uma fase de desnacionalização, geradas por questões conjunturais, alterações nas legislação, reacomodação dos partidos no sistema partidário ou surgimento de novos partidos que alteram a dinâmica do sistema partidário.