O desafio da esquerda ante o Brasil pós-católico

Autores

  • Brand Arenari UFF
  • Rafael Valladão Rocha Seminário Teológico Congregacional de Niterói

Palavras-chave:

Esquerda, Partido dos Trabalhadores, Evangélicos

Resumo

Este artigo de tom ensaístico trata da possibilidade de a esquerda se adaptar ou não ao novo ambiente (ecossistema político) de um Brasil pós-católico. Descreveremos o novo meio ambiente (Brasil pós-católico) gerado pela chegada de uma nova espécie/tipo social “invasor” (neopentecostais), para em seguida analisar os impactos e reações do campo da esquerda a esses novos desafios, especialmente sua principal força eleitoral, o Partido dos Trabalhadores. No que se refere ao Partido dos Trabalhadores, destacaremos e descreveremos dois elementos constitutivos de sua formação e desenvolvimento que, segundo nossa análise, se apresentam como impedimentos iniciais (não determinísticos) a sua adaptação à nova ordem pós-católica: (1) o papel do catolicismo e (2) a intelectualidade acadêmica na sua formação e desenvolvimento.

Biografia do Autor

  • Brand Arenari, UFF

    Doutor em Sociologia, professor associado da Universidade Federal Fluminense (UFF)

  • Rafael Valladão Rocha, Seminário Teológico Congregacional de Niterói

    Graduado e licenciado em Ciências Sociais, professor de Sociologia da Religião no Seminário Teológico Congregacional de Niterói (RJ)

Referências

ARENARI, Brand. (2017). O esboço de um programa weberiano para compreender o pentecostalismo. Política & Sociedade: revista de sociologia política. V.16, n. 36.

ARENARI, Brand. (2019). Religião e transformação democrática em Unger. In: Carlos Sávio Gomes teixeira. (Org.). Rebeldia Imaginada. 1ª ed. São Paulo: Autonomia Literária, v. 1, p. 122-152.

ARENARI, Brand; TORRES, Roberto Dutra. (2007). Indústria Cultural e religiosidade mágica: o racionalismo adaptativo do Neopentecostalismo. ANPOCS.

BECK, Ulrich. (1986). Risikogesellschaft: auf dem Weg in eine andere Moderne. Suhrkamp Verlag, Frankfurt am Main.

BELLAH, Robert. (1985). Habits of the Heart. Individualism and commitment in American Life. New York: Harper and Row.

BELLAH, Robert. (1992). The Broken covenant: American Civil religion in a time of trial. Chicago: University Chicago press

BERGER, Peter. (1985). O dossel sagrado: elementos para uma teoria sociológica da religião. Paulus Editora, São Paulo.

BOURDIEU, Pierre. (2004). A Economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva.

CASANOVA, José. (1994). Public Religions in Modern World. The University of Chicago Press, Chicago.

ELIADE, M. (1995). O Sagrado e o Profano. São Paulo: Martins Fontes.

FOLHA DE SÃO PAULO. Datafolha: brasileiros vão menos à igreja e dão menos contribuições. 29 de junho de 2022. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/06/datafolha-brasileiros-vao-menos-a-igreja-e-dao-menos-contribuicoes.shtml.

FONSECA, A. D. (2020). Revista A Seara e o debate sobre a inserção da Igreja Assembleia de Deus na política partidária (1956-1958). Revista Brasileira de História das Religiões, 13(37). https://doi.org/10.4025/rbhranpuh.v13i37.52164.

FRESTON, Paul. (2020). Bolsonaro, o populismo,os evangélicos e a América Latina. In: GUADALUPE & CARRANZA (Org). Novo Ativismo político no Brasil: os evangélicos do século XXI. Rio de Janeiro: Konrad Adenauer Stiftung.

FREUD, Sigmund. (1985). Über eine Weltanschauung. In:________ Neue Folge der Vorlesungen zur Einführung in die Psychoanalyse. Frankfurt am Main, Fischer Verlag.

FREUD, Sigmund. (1991). Totem und Tabu. Frankfurt am Main, Fischer Taschenbuch Verlag.

FREUD, Sigmund (1991). Das Unbehagen in der Kultur. Frankfurt am Main, Fischer Taschenbuch Verlag.

GARCIA, Raphael Tsavkko. (2022). Importado dos EUA, o identitarismo, tornou-se arma hegemônica do partido dos trabalhadores. In: RISÉRIO, Antônio. A Crise da Política Identitária. Rio de Janeiro,Topbooks.

GIDDENS, Anthony. (2002). As consequências da modernidade. Editora UNESP.

MARIANO, Ricardo. (1999). Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo Brasileiro. São Paulo, SP: Edições Loyola.

MARIANO, Ricardo. (2001). Análise sociológica do crescimento pentecostal no Brasil. Tese de Doutorado, São Paulo: FFLCH-USP.

MARTELLI, Carla Giani. (2008). Autoajuda e gestão de negócios: uma parceria de sucesso. São Paulo, Editora Azougue.

MAUSS, Marcel. (2001). A General Theory of Magic. London, Routledge.

MICELI, Sérgio. (2009). A elite eclesiástica. São Paulo: Companhia das Letras.

MUNDO ESTRANHO. (2011). Qual a ligação entre os santos católicos e os orixás? Superinteressante. São Paulo: Abril. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-ligacao-entre-os-santos-catolicos-e-os-orixas. Acesso em: 04 ago. 2023.

ORO, Ari Pedro. (2003). A política da Igreja Universal e seus reflexos nos campos religioso e político brasileiros. Rev. bras. Ci. Soc. 18 (53) • Out 2003 • https://doi.org/10.1590/S0102-69092003000300004 .

PARANÁ, Edemilson. (2016). A finança digitalizada: capitalismo financeiro e revolução informacional. Insular.

PEW RESEARCH CENTER. (2018). Young adults around the world are less religious by several measures. Disponível em: https://www.pewresearch.org/religion/2018/06/13/young-adults-around-the-world-are-less-religious-by-several-measures/

RISÉRIO, Antônio. (2022). A crise da política identitária. Rio de Janeiro,Topbooks.

SECCO, Lincoln. (2011). História do PT. Ateliê Editorial, São Paulo.

TEIXEIRA, Carlos Sávio; MEDEIROS, Tiago. (2022). Identitarismo e a mediocridade nacional. In: RISÉRIO, Antônio. A crise da política identitária. Rio de Janeiro,Topbooks.

VITAL da CUNHA, Christina. (2020). A retórica da perda e os Aliados evangélicos na política brasileira. In: GUADALUPE & CARRANZA (Org). Novo Ativismo político no Brasil: os evangélicos do século XXI. Rio de Janeiro: Konrad Adenauer Stiftung.

WEBER, Max. (1976). Wirtschaft und Gesellschaft, Tübingen.

WEBER, Max. (1988). Gesammmelte Ausätze zur Religionssoziologie, Tübingen.

Downloads

Publicado

2023-11-17